domingo, fevereiro 29, 2004

sunday, bloody...

Estou me sentindo tão bem em trabalhar hoje... Talvez seja pelo movimento, maior do que o usual. Aliás, trabalhar aos domingos nunca foi um sacrifício tão absurdo, sempre achei que esse era o dia da semana mais ocioso, menos interessante. O lado chato é que, na maior parte das vezes (ao contrário do que as pessoas pensam), os finais de semana são relativamente monótonos na área policial. Sábado, registram-se muitas ocorrências, porém, como trabalho só nos domingos, alguns plantonistas de delegacias insistem em não ajudar (talvez eles, ao contrário de mim, não achem muito legal estar trabalhando num domingo). Só sabem dizer "o registro foi feito no plantão anterior, está trancado na secretaria e eu não tenho acesso". Na verdade, costuma ser má-vontade mesmo. Mas, quando a polícia e os próprios fatos ajudam, é delicioso me esbaldar com muita informação. E esse domingo está sendo assim.

hope

i hope that you're the one. if not, you are the prototype... we'll tiptoe to the sun and do things i know you like outkast

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

sorte

Bom final de semana, amigos. E desejo muita sorte pro querido pessoal da Tom Bloch em sua turnê, que começa amanhã, no Festival Ruído, no Balroom, Rio de Janeiro. Sucesso, gurizada, e aproveitem a viagem por mim. E voltem pra casa, por favor.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

escolhas

Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer, senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado (...) Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa (...) Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade. Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo. Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram, descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrantado (...) Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo (...) Não procure querer conhecer seu futuro antes da hora, nem exagere em seu sofrimento, esperar é dar uma chance à vida para que ela coloque a pessoa certa em seu caminho. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem, como acontece com muitas pessoas que cruzam nosso caminho. Trechos de um texto enviado por e-mail, mas sem crédito. Não sei quem escreveu.

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

enough

Meu carnaval de 2004 foi o mais diferente de todos. E valeu a pena por cada minuto.

sol na república

Apesar de estar gostando da calmaria, o tédio estava começando a querer se sobressair na minha visão de Porto Alegre desses últimos dias. Bom, por um lado, ver a cidade voltar ao normal de novo. Bom abrir o messenger e encontrar os amigos que estavam perdidos pelos litorais. Bom ter ônibus toda hora, não ficar mofando numa parada. Bom saber que terei novamente várias opções de bares para ir à noite. Ruim de tudo isso é ver minha rua tomada de carros e muitas pessoas transitando. Tava tudo tão calmo por ali, ficava até mais belo. Dava a impressão de que o sol iluminava melhor cada canto, por não existirem (quase) obstáculos. Aliás, ruim ver todos esses milhares de carros nas ruas de novo, tava mais aconchegante ver tudo mais livre, inclusive da poluição.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

...

Os homens são a melhor e a pior coisa das nossas vidas. Eterno dilema.

domingo, fevereiro 22, 2004

heaven

Eu achei que ia ser um inferno passar o Carnaval trabalhando numa Porto Alegre completamente vazia, mas sabe que até tô gostando? Ontem me senti completamente à vontade numa mesinha na rua, em frente ao Café do Porto, na Padre Chagas. Não tinha aquele monte de gente caminhando, aquele aperto de automóveis na rua, estacionados, andando... Foi show de bola comer um cheesecake com calda de amora e tomar um capuccino com chantilly ali. Além disso, correria pra ir ao cinema só porque eu e a Mari nos atrasamos de lerdas que fomos... hehehe. Senão, tranqüilidade total. Assistimos Confidence à tarde (legal, apesar de seguir a mesma linha de vários outros filmes muito melhor sucedidos, aqueles cujas peças não se encaixam de jeito nenhum no início) e, à noite, eu, o Tici e a Tati fomos ver Lugar Nenhum na África. Esse sim, muito bom. Como é contra minha natureza ficar falando de filmes, vou dizer apenas que se trata da história de um casal de alemães judeus que, para fugir no Nazismo, vai morar no Quênia e leva junto a filha pequena. E também que o filme não é daqueles que apelam para a sensibilidade da platéia, fazendo todos chorarem compulsivamente. O tema é extremamente delicado e passível de provocar lágrimas, mas elas não surgem desnecessariamente. Claro que existe o lado ruim de andar em Porto Alegre e não achar um barzinho sequer aberto, em especial na Cidade Baixa, onde o único lugar que mantém as portas escancaradas é o Osho (nem essas ingratas do Móveis abriram o bar no feriado, apesar de eu saber que elas não foram viajar... grrrr!!). E eu sinto falta dos amigos que estão aproveitando o feriado, que não foram obrigados a permanecer na cidade fantasma como eu e um tanto de outros jornalistas. Mas não há como escapar dessa afirmação. Porto Alegre está uma delícia vazia. Hora de aproveitar a calmaria e o tédio da cidade grande, já que quarta-feira está aí.
Flavinhaaaaaaa!!!!! Cadê tu? Da outra vez funcionou te chamar aqui, vamos ver se agora dá certo de novo. Na expectativa.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Aliás, dia de esperas esse, hoje. Que in-fer-no!! Até o Mike me pediu pra esperar... O delegado não atende o telefone. TUDO está em compasso de espera, coisa de louco, até a INTERNET me pede pra esperar, vê se pode!!! Isso deve ser prenúncio de algo. Pode ser uma mensagem cifrada do tipo "hoje é melhor tu ires pra casa e esperar o SONO chegar". Eca, eca, eca. Quintas-feiras têm sido o meu karma-mor. Sempre tem alguma "novidade" interessante. Te contar...

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Que inferno quando as coisas estão emperradas, não andam! Hoje ocorreu um exemplo claro disso aqui no jornal: as informações corretas sobre duas ocorrências só me foram repassadas perto da meia-noite. Tô eu atucanada, ligando duzentas vezes para os delegados e plantonistas de delegacias e nada. Agora, me falta saber quantos quilos de maconha foram apreendidos em Lajeado, há pouco. É o que falta pra baixar uma página, a última da polícia. Que agonia. E, óbvio, isso tudo só acontece porque tem um show legal agora. Toca, telefone, toca!! 150 quilos, delegado???
Estou de sofá novo!! Ficou uma graça. Comprei até uma mantinha para enfeitá-lo. Agora só falta um namorado bem fofo pra assistir uns filminhos comigo, comendo pipoca... Aí a minha vida de felicidade vai ficar completa.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

:'o(

peixe grande

Big Fish (de Tim Burton, com Ewan McGregor e uma outra porção de conceituados atores) é um filme lindo. Depois, quando tiver tempo, falo um pouco mais.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Ainda da série testes... (que deve encerrar por aqui) Com que coisa de botequim você tem afinidade?

Com que coisa de botequim você têm afinidade?

Mandei forrar meu sofá-cama, acho que vai ficar bem bom! Me disse o carinha lá da estofaria que, até sexta, estarei de visu novo na sala. Ah, e mudei de idéia em relação ao laranja, anteriormente citado aqui nesse espaço. Mandei forrar o móvel com tecido de cor areia. Melhor assim, porque não enjoa nunca. Vou comprar várias mantas bacanas, bem coloridas. Agora, vai faltar comprar a cortina e acabar de pintar minha escrivaninha. E vou pintá-la de marrom mesmo. Sem invenções. Como não sou decoradora, melhor não enlouquecer muito por enquanto. Ah, e pra quem quiser abrigo lá em casa, o sofá vai ficar tri fofinho: mandei colocar uma manta de espuma nele! Tudo pelo conforto das visitas, viu, Clá? :o)

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Logo me identifiquei com esse teste: que gordo famoso você é? Pra quem não desconfia porque, tenho espírito de gorda, tenho hábitos alimentares de gorda. Eu sei, não sou gorda, mas daí é com a mãe natureza. Na verdade, acho que sou uma aberração. NA VERDADE, EU SOU O FOFÃO... hehehe

Que gordo famoso você é?

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Hey ya!
Muitas pessoas se apaixonam muitas vezes na vida. Mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Ou às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam o amor passar sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais – não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor. Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

By the way, meus amigos (alguns fofos em especial, vocês sabem quem são): vocês são demais. Quem tem amigos, tem tudo. (é, momento love, sensibilidade, tudo é belo... heheheh)
Life doesn't suck anymore. Estou ouvindo Outkast enquanto escrevo uma matéria, e tudo turned into something marvellous!!! :oP Sério: Outkast é muito bom. Acho que não vou me arrepender de ter comprado um CD tão caro...

terça-feira, fevereiro 10, 2004

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Não ando muito bem nesses últimos dias... Poderia estar bem melhor que isso. E por um detalhezinho, bem pequenininho. Uma pena que minha ingerência sobre ele, o detalhe, não funcione muito bem.

domingo, fevereiro 08, 2004

Alguém aí já foi a Morro de São Paulo, na Bahia? Hoje, fuçando em blogs, eu descobri o endereço do site oficial da ilha, que achei bem bacana. Fui pra lá em 1996, quando pouca gente falava sobre o lugar. Na verdade, nem eu sabia que existia. Estava em Salvador, visitando meu amigo Wagner (aliás, na época, ele trabalhava ainda com jornalismo e fazia algumas peças de teatro) e conhecendo a maravilhosa família que ele tem. A sugestão foi dada por uma amiga, e eu topei. A viagem de quatro horas até lá foi enjoativa. De lancha, dava pra chegar em uma hora e meia, mas era muito caro. Preferimos uma embarcação comum. Em compensação, a beleza das praias – chamadas número 1, 2, 3 e 4 – era fantástica. Não sei como está agora, mas espero que estejam preservando a natureza lá. Me assustei dois anos depois, em 1998, quando vi matéria na Veja falando que a ilha tinha virado point da moda. A tendência, quando isso acontece, é de o lugar virar uma Porto Seguro da vida e perder todo seu encanto de local nativo, de coisas simples, de bicuíras atendendo sem frescura nos bares à beira-mar. Tomara que continue encantadora como era em 1996. Quando eu tiver dinheiro, quero voltar lá.
...pois eu, eu só penso em você, já não sei mais por que em ti eu consigo encontrar um caminho um motivo um lugar pra eu poder repousar meu amor... reiterando o que eu disse antes, ele é ótimo em traduzir sentimentos.
Incrível como me identifico com o que escreve esse tal de Marcelo Camelo... Tu também? Sério? CASA PRÉ-FABRICADA (Marcelo Camelo) Abre os teus armários eu estou a te esperar, Para ver deitar o sol sobre os teus braços, castos Cobre a culpa vã, até amanhã eu vou ficar, E fazer do teu sorriso um abrigo Canta que é no canto que eu vou chegar Canta o teu encanto que é pra me encantar Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você Que explique a minha paz, tristeza nunca Mais vale o meu pranto que este canto em solidão, Nesta espera o mundo gira em linhas tortas Abre essa janela a Primavera quer entrar Pra fazer da nossa voz uma só nota Canto que é de canto que eu vou chegar, Canto e toco um tanto que é pra te encantar Canto para mim, qualquer coisa assim sobre você Que explique a minha paz, tristeza nunca mais

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Sexta-feira, dia de fazer compras!!!!!!!! (eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee) Com a casa completamente desprovida de todos os itens possíveis – desde amaciante de roupas, passando por papel higiênico e sabonete até óleo de cozinha e arroz –, hoje eu fui à forra!! Peguei meu carrinho que as vovós usam para fazer compras no súper e me mandei pro Zaffari, na Lima e Silva. Infelizmente, é impossível fazer rancho no Nacional, que fica praticamente ao lado do meu edifício e facilitaria muito a minha vida (pois ainda não tenho carro) porque a qualidade e variedade dos produtos quase sempre não é a que eu espero. Ei, não tô ganhando nada do Zaffari por essa propaganda, ok? :oP Bem, a cena cômica foi o retorno pra casa. Eu fiquei durante duas horas comprando. Me divertindo horrores, apesar dos sintomas de uma certa ressaquinha que insistia em mostrar que estava lá. ÓBVIO que não coube tudo no meu carrinho!!!!!!! As sacolas mais pesadas eu coloquei no carrinho, e as outras, levei na mão. O único pensamento que eu tinha no trajeto via República era "tomara que não passe nenhum conhecido". Muito ridículo, eu tentava aparentar que tava levando tudo aquilo numa boa, mas dei graças a Deus quando cheguei em casa!! Músculos dos meus pobres braços fracotes doíam horrores. Depois, arrumar toda aquela bagunça. E, apesar de eu ter comprado MUITAS coisas, a impressão deprimente que tive ao tirá-las do carrinho era de que pareciam tão pouquinhas... Bem, acho que vou ficar um mês sem precisar fazer rancho de novo. Droga, esqueci de comprar leite!!! Que tonga!
Estou com dois hematomas – um deles, monstruoso – nos meus braços. Pareço uma drogada, mas na verdade essas são as marcas da retirada de sangue pro exame de medula óssea (a enfermeira falou que minha pele é muito clara e, portanto, mais suscetível a ter huuuuges hematomas). A Fê, que eu conheci através do blig do Lace e que mora em São Paulo, fez o exame também, mas no Hemocentro de lá. Mui bacana essa história de os hemocentros de todo o país serem interligados. Mais chances de cura para os doentes. Alias, olhando agora o blig do Pipos, descobri que ele tem mais informações sobre a doação que podem ser úteis e motivadoras para quem acessa esse blog aqui: Aqui vão mais detalhes sobre a doação de medula óssea. Em Porto Alegre, o teste pode ser feito no hemocentro na Secretaria da Saúde, com marcação do exame pelos fones (51) 3217.1616 ou (51) 3219.1900, ou no Hospital Dom Vicente Scherer, no fone (51) 3214.8670 (de 2ª a 6ª das 8:00 às 16:30hs). Vale lembrar que será retirada uma pequena quantidade de sangue, que será analisada geneticamente e enviada para o Banco Nacional de Doadores de medula. Ou seja, você não vai doar a medula já. Você só vai doar se por acaso aparecer alguém compatível com você, o que pode ser amanhã, em um mês ou em dez anos. A retirada da medula também não traz nenhum risco ao doador, além de o órgão se recuperar totalmente em menos de duas semanas. Para quem não mora em Porto Alegre, o site da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, www.leucemia.org.br, informa outros locais onde o exame pode ser feito, bem como traz informações sobre a doença e outras formas de ajudar. Tenho que comprar Hirudoid, sugestão do Bob Garden. Tão muito feias essas manchas.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

Kid A (Radiohead) I slipped away I slipped on a little white lie We've got heads on sticks You've got ventriloquists We've got heads on sticks You've got ventriloquists Standing in the shadows at the end of my bed Standing in the shadows at the end of my bed Standing in the shadows at the end of my bed Standing in the shadows at the end of my bed Rats and children follow me out of town Rats and children follow me out of their homes Watch it Adoro essa banda. A minha música preferida deles é essa logo aqui abaixo (a letra é bem a meu gosto): Creep (Radiohead) When you were here before Couldn't look you in the eye You're just like an angel Your skin makes me cry You float like a feather In a beautiful world And I wish I was special You're so fuckin' special But I'm a creep, I'm a weirdo. What the hell am I doing here? I don't belong here. I don't care if it hurts I want to have control I want a perfect body I want a perfect soul I want you to notice When I'm not around You're so fuckin' special I wish I was special But I'm a creep, I'm a weirdo. What the hell am I doing here? I don't belong here. She's running out again, She's running out She's run run run running out... Whatever makes you happy Whatever you want You're so fuckin' special I wish I was special... But I'm a creep, I'm a weirdo, What the hell am I doing here? I don't belong here. I don't belong here.
Ainda sobre o exame de medula óssea... Essa dica é da Fernanda (http://coracaoleviano.blig.ig.com.br/), bem importante. Valeu, Fê!! E não esqueça...pode fazer no hemocentro de qualquer cidade. No site www.inca.gov.br tem um telefone 0800 onde dá para se informar sobre o local para exame em sua cidade. É algo legal, não só pelo Pipos, mas tb pq o exame fica num banco nacional, e se for detectado qq caso compatível com a sua medula, eles te acionam. A probabilidade entre não irmãos é de 1 em mil, mas vai saber, né?! Pode salvar o Pipos ou outras pessoas, e pela falta de informação, o banco de doadores de medula ainda é meio pequeno...

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Hoje fui ao Hemocentro para fazer o exame de medula óssea. Iria ficar realizada se a minha fosse compatível com a do Alexandre Lace, mas só vou saber disso em, no mínimo, duas semanas. Queridos amigos, o exame é uma baba. Muito fácil de ser feito. É necessário preencher uma ficha com dados pessoais e, em 10 minutos, eles te tiram até 10ml de sangue e pronto, acabou. E vocês podem salvar uma vida com um ato tão, mas tão simples. Custa nadinha. Reiterando: para marcar o exame, é só ligar para (51) 3217-1616. A realização do mesmo é feita no Hemocentro, na Avenida Bento Gonçalves, 3722. Mais detalhes: não precisa estar em jejum, pode ter bebido na noite anterior, sem problemas, porque o exame é de material genético. Tem de estar apenas em boas condições de saúde.

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Sábado passei meu último dia no sítio. Na verdade, uma casinha de campo com piscina e horta que era do meu pai, localizada no Guaíba Country Club, em Eldorado do Sul. Lugar adorável por muitos e muitos anos, era muito bem cuidado pela minha mãe (responsável pela limpeza e organização da casa em si) e pelo meu pai (que assumia a mesma função, porém na parte externa: gramado, horta, piscina). Com as tarefas divididas, tudo era maravilhoso naquele lugar tão especial, que foi comprado quando meus irmãos – hoje com 37 e 41 anos – ainda eram pré-adolescentes. Nos últimos anos, porém, o lugar virou motivo mais de preocupação do que de lazer. Minha mãe, que é portadora do Mal de Alzheimer, parou de cuidar de qualquer coisa. E meu pai, sozinho, não podia fazer tudo ao mesmo tempo. Ou seja, ele continuou cuidando da parte que lhe cabia, mas, para a casa, não dava muita atenção. A falta de grana também acabou com planos de reforma. A casinha ficou meio abandonada. Some-se a tudo isso a incapacidade de minha mãe para acionar algum filho caso meu pai tivesse algum problema de saúde no Guaíba – em boa parte das vezes, os dois iam sozinhos para lá, e nenhum deles é mais criança. Ô doença implacável essa da minha mãe. Simplesmente as coisas vão se apagando na memória, nem do telefone da própria casa ela lembra. Aliás, ela desaprendeu a discar um número, a fazer ou atender uma ligação. É bem assim. É triste ver uma história toda se perder no passado, simbolizada através da venda do sítio. Chorei, sim, não apenas porque nunca mais iremos para lá, família toda reunida em volta da piscina tomando chimarrão e comendo churrasco, mas porque isso significa uma mudança forçada. Fiquei com dois corações...