segunda-feira, maio 23, 2005

mundo perfeito

Pode parecer bem brega, mas eu nunca vou cansar de enaltecer a grandeza dos meus verdadeiros amigos. Sábado tive mais uma prova, bem simples, de como as coisas genuinamente boas da vida săo feitas de pequenos momentos, geralmente inesperados. Uma das pessoas mais especiais da minha vida, a Flá, foi morar em Săo Paulo. Agora, ela veio passar alguns dias de férias aqui. No sábado, ficamos juntas por umas seis horas, naquela madrugada fria, mas que, com um bom vinho e gargalhadas homéricas, virou uma noite aconchegante. Junto com a gente estava a Fernanda, outra amigona. O momento foi único. Como sempre, a gente continuou bebendo depois de dizer que tinha de parar, ouviu funk do McPelé e delirou, dançamos até sentir caimbra nas pernas, até bater aquela fome absurda e o único rumo ser o McDonald's. Năo temos vergonha de parecermos ridículas, de tăo idiotas de felizes. De aproveitar a sinceridade de sentimento, a felicidade tăo pura de estar simplesmente ali, com pessoas maravilhosas que se admiram e se respeitam e, acima de tudo, se divertem como ninguém. A vida tem dessas coisas boas. ... Năo importa se tua família tá em crise, se a distância é gigante, se o carinha que tu estás a fim mente pra ti ou se tu tropeçaste naquela maldita pedra justo hoje que querias usar uma lindíssima bota de bico fino. Esse é o sentido de falar de boca cheia que tu tens um amigo. É saber que, năo importa o dia, enquanto aquela pessoa estiver do teu lado, a vida vai ser só palhaçadas e bom humor. Cada dia mais eu sei com quem eu posso contar e parei de duvidar da minha intuiçăo. Apesar de me achar muito adolescente em diversos aspectos, acredito que tenha essa, que é uma das vantagens da maturidade: a capacidade de escolher as pessoas certas na vida. Obviamente, esse meu conhecimento precisa ser aprimorado para além das amizades, mas nada nesse mundo precisa ser perfeito para funcionar.

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