descontração

Sempre que vou a jogos no Olímpico, em algum momento, eu fico com pena dos policiais militares que trabalham nas partidas. Coitados. Precisam ficar virados de costas para o campo, cuidando a torcida. O jogo pode estar fervendo, pode ser um GreNal, que lá estão eles, com olhos fixos nos torcedores. Às vezes, eles nos cuidam até com binóculos. Hoje fui ao Maracanã. Flamengo X Atlético Paranaense. Jogaço eletrizante, o Mengo acabou dando uma sova no Atlético (para a infelicidade do Grêmio – e a minha, por conseqüência). Em vez de rígidos homens da lei que não podem sequer se virar, os PMs no Rio estavam descontraídos, muito mais atentos à movimentação em campo do que à torcida. Hoje, nenhum deles olhou para os torcedores nos momentos em que eu os fiquei cuidando. Diz a Clarisse, que também estava lá, que um PM inclusive filmou, com seu celular, o lançamento de um carro de corrida do Flamengo que aconteceu antes de o jogo começar. Se não estavam assistindo à partida, os PMs ficavam em bolinhos, conversando. Até deu um início de briga, uma hora, perto de onde estávamos. Um dos PMs que foi tentar acalmar os ânimos dos brigões, diante das palmas e gritaria de outros torcedores, que acompanhavam a cena, acenou fazendo um V com os dedos e dizendo "paz e amor, paz e amor". Cara, o Rio de Janeiro é pura diversão (afora quando a gente presencia um assalto, como aconteceu comigo ontem, perto do Borel).